quarta-feira, 24 de junho de 2015

A Catequese e eu

Quando era miúda pequena frequentei a Catequese, tinha sido baptizada e fiz a primeira comunhão.
A verdade é que era uma seca aos Sábados de tarde ir para a Catequese e ao domingo de manhã á missa.
Depois de ter feito a primeira comunhão, desliguei da Igreja por assim dizer, nem missas, nem Crisma... mas casei. Casei pela Igreja, acho importante e senti-me feliz por ter a benção Divina. Quando o meu filho nasceu, senti o mesmo, que era importante para mim ele ter o Baptismo, a benção Divina e assim foi, a muito custo (padrinhos sem Crisma) mas lá consegui.
Hoje ele tem 7 anos e não anda na Catequese.
Eu não quero chocar ninguem nem causar nenhum estigma sobre este assunto, só estou a dar a minha opinião sobre a frequência da Catequese.
As pessoas não se tornam melhores ou piores pessoas por terem andado na Catequese. Frequentar a catequese não me curou mágoas, doenças, nem me transmitiu valores. Os valores foram-me transmitidos pelos meus pais e as mágoas e problemas toda a gente luta contra eles. Ir todos os Domingos á missa em vez de ficar a descansar ou a brincar, não me despertou maior ou menor fé. A fé está dentro de cada um de nós.
Os pais colocam os filhos na catequese mas esquecem-se de lhes transmitir valores em casa. Gabam-se que os meninos andam na catequese, mas as crianças continuam a chamar nomes aos amigos, a bater, a humilhar e sei lá mais o quê. Na Catequese fazem desenhos e cantam,nada portanto que não o possam fazer num qualquer ATL.

Acredito piamente que existe uma entidade superior a nós, que nós orienta ao longo da nossa vida, acredito que existe outra vida para além da morte, e acredito acima de tudo que para falar com Deus não preciso ir a Igreja, nem para Ele me ouvir preciso de ir a missa todas as semanas.
Falo com Deus quando me apetece, não tenho local, hora nem dia para o fazer.

Colegas minhas dizem que assim nestes parâmetros não sou Católica, que o Católico tem que aceitar todas as leis da Igreja.
Desculpa???
Tenho que aceitar que o meu filho tenha um padrinho Crismado, mesmo que o mesmo seja uma má pessoa? Tenho que aceitar que a Igerja não veja TODOS como iguais?? Que descrimine homosexuais ou divorciados? Que obrigue mães violadas a ter os seus bebes sem a menor condição? Que proiba o preservativo?? Que obrigue as pessoas a ir a Igreja?
Desculpem, mas não.
Sou Católica, acredito em Deus, falo com ele, peço conselhos, orientação e proteção mas há coisas que não concordo. Sei no meu intímo, que sim, para Deus, somos todos igauis, filhos Dele, a merecer todos a mesma atenção seja onde e de que maneira for.
Ao meu filho que não anda na Catequese a cantar e a desenhar, ensino-lhe o Anjo da Guarda, ele sabe quem é Deus e Jesus e continuo a pensar que o que lhe enriquece a vida é ter valores e fé. Ser uma boa pessoa para ele e para os outros. Isso sim faz Deus "feliz".
Um dia, a opção de seguir ou não mais directamente a vida Católica será dele, para já fiz o que achei importante... a benção Divina com o Baptismo.

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