quinta-feira, 8 de setembro de 2016

A vida que tinha!

Hoje, falando de filhos com uns colegas de trabalho, dei comigo a pensar na minha vida quando ainda não tinha filho. As noites eram longas e calmas, dormia o que queria e quando queria, via Tv até ás tantas, estava no café enquanto queria e saía sempre que queria. Raramente estava cansada.
Quando penso nas coisas que me faziam estremecer de emoção, assim sinceramente não me lembro de nenhuma a não ser, claro, o meu casamento e a  morte do meu avô.
Quer dizer, tive aqueles momentos normais de tragédia e felicidade como toda a gente tem, mas nada de importante. Aliás, a minha infância nada teve de fenomenal como já o referi aqui várias vezes. Não me recordo de nada assim de extraordinário até conhecer o meu marido.
Casei, foi o dia mais feliz da minha vida e depois fui mãe!
Quando o meu filho nasceu, não senti aquele amor desmesurado que dizem, senti ternura mas não aquele amor!! Esse, veio depois uns dias, lembro-me bem que a primeira vez que senti que mesmo amor pelo meu filho foi na primeira vacina, ainda no hospital (aquela no pezinho) em que os seus pequenos olhos olhavam para mim como sendo a única pessoa no mundo que ele conhecia e que podia contar. E eu, impotente para lhe tirar aquele sofrimento, chorei, de coração apertado. Essa sim, penso hoje, que foi a primeira manifestação do meu amor por ele.
A partir daí, se eu quiser pensar em emoções, vivo imensas, e embora o meu filho tenha sido um bebe perfeito, que dormia, comia e fazia tudo o que era suposto, a minha vida valorizou tanto que nem tenho palavras para descrever.
Hoje sei que o amo mais do que a mim. Choro com a tristeza dele e rio com as suas piadas e brincadeiras. Todos os dias agradeço a Deus a vida que tenho, vou fazer 13 anos de casada e o meu amor por ele nada mudou. Continuo a ama-lo como no primeiro dia. A ambos.

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