quarta-feira, 16 de novembro de 2016

A infância na vida!

O maior desafio da minha vida é sem duvida ser mãe. É o mais maravilhoso também. 
Penso que o mais difícil de ser mãe é o medo que passamos a ter, das doenças, dos acidentes, dos raptos, medo que se tornem em más pessoas, que sejam desinteressadas, que não queiram saber da escola, que sofram de bullying, que sejam os vândalos da turma, coisas que no fundo e por melhor educação que demos, não conseguimos controlar nunca.
Não há uma fórmula que a gente aprenda para os educar correctamente, se a houvesse, todos daríamos a melhor educação aos nossos filhos e não haveria meninos maus, nem desinteressados e nada disso. Só haveria gente maravilhosa, amigos dos seus amigos, não haveria mal-educados nem rufias. Não existe essa fórmula e por isso mesmo, cada um de nós tem que fazer o que sabe e o melhor que pode. Apesar de tudo isso e de lhes transmitirmos os melhores valores, há sempre outros factores que irão influenciar também a vida dos nossos filhos, como a sorte ou como encontrar boas pessoas nos seus caminhos.
Quando olho para mim enquanto mãe vejo muitas coisas boas, sei reconhecer que me acho uma boa mãe. Acho mesmo. Mimo o meu filho, sou dura quando é preciso e sei respeitar o seu espaço. Também tenho defeitos, há muitas coisas que eu sei que deveria fazer e não faço, como partilhar mais coisas
com ele, brincar mais, jogar jogos, ir ao cinema, ao parque.
Por tudo isto, e porque o facto de o ir buscar a escola as 17.30h da tarde, leva-lo ás suas actividades, ainda chegar a casa, fazer o jantar e ajuda-lo com os TPC se tornou inconciliável, decidimos mete-lo num ATL onde no fim do estudo (apenas o obrigatório - sem as AEC's) vai para fazer os deveres e brincar um pouco. Quando chega a casa, o tempo que temos, muito ou pouco, passa assim a ser de qualidade.
Quando o meu filho for grande, quero que ele olhe para trás, para a infância dele e tenha memórias carinhosas, de quando adormecia na cama dos pais, de quando íamos ver os seus jogos e quando nos ríamos todos juntos. Quero que ele recorde momentos felizes, que olhe para trás com muito carinho e não com aquela sensação de não se recordar muito bem de como foi a sua infância. Quero que ele olhe para o pai e para a mãe e diga que um dia, quando ele próprio for pai, que gostaria de ser como nós fomos para ele.
É dessas pequenas coisas, desses pequenos momentos que essas memórias vão sendo construídas para daqui a 20 ou 30 anos serem recordadas. Haverão momentos menos bons para recordar com certeza, mas se os bons superarem os maus, já terei cumprido com a minha missão.

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